quinta-feira, 12 de março de 2020

O que é E o que causa a ELA?


Oi, pessoal! Hoje Quinta com ELA falará sobre a esclerose lateral amiotrófica. Lembram o que é e o que causa essa doença? Vamos lá?

A esclerose lateral amiotrófica é uma doença neurológica que causa paralisia progressiva em praticamente todos os músculos esqueléticos, comprometendo a motricidade dos membros, a fala, a deglutição e até mesmo, a respiração.

A sigla ELA significa:

E = esclerose, que é endurecimento e cicatrização.

L = lateral, refere-se à porção lateral da medula espinal.

A = amiotrófica, significa e divide-se em três partes:
A = significa não,
Mio = significa músculo,
Atrofia = designa alguma coisa que se torna menor ou se enfraquece.

Ou seja, amiotrófica refere-se à fraqueza dos músculos que devido à morte dos neurônios motores inferiores originados do comprometimento dos neurônios motores superiores.

Doença de Lou Gehrig

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A esclerose lateral amiotrófica é conhecida também como Doença de Lou Gehrig, grande jogador de Beisebol dos Estados Unidos, na década de 1940. Ao falecer dessa doença, seu país o homenageou dando seu nome a essa doença.

 O que causa? 

Ainda não se sabe com exatidão o que realmente causa a Esclerose Lateral Amiotrófica. Entretanto, trabalhos epidemiológicos e experimentos com modelos animais têm esclarecido que essa doença está relacionada com fator genético e a sua expressão clínica com a exposição de pessoas com predisposição a essa doença, a algum fator, ou fatores, que servem como gatilho para o desenvolvimento do processo de degeneração dos neurônios motores.

Quais os gatilhos?

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Destacam-se: processo inflamatório; exposição a agentes tóxicos de forma endógenos – dentro do próprio indivíduo; ou exógenos – fora, no ambiente como produtos do meio ambiente, ou exposição ao BMAA, composto que excitam e intoxica as células e também atividade física.

ELA tem cura?

Não, ainda não tem cura. Os portadores se submetem a um tratamento que conta com uma  equipe multidisciplinar como fonoaudiólogo, fisioterapeuta, nutricionista e médico neurologista. Ainda inclui nesse tratamento o Riluzol, único remédio especifico para essa doença, que prolonga o tempo de vida dos pacientes em até três meses. Entretanto, a doença evolui.

Qual o tempo de vida dos pacientes?

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Depende, pois observa-se que existem pacientes em que a doença é agressiva, ceifando suas vidas logo após 1 ano diagnosticados. Já outros, vivem anos, como o astrofísico Stephen Hawking que viveu 55 anos com a ELA.  

Querem saber mais sobre a ELA? Ao longo do ano iremos aprender mais sobre essa doença. Sem mais delongas, até quinta com ELA!

quinta-feira, 5 de março de 2020


Olá, amigos e amigas dos portadores da ELA, há quanto tempo, hein! Voltamos com quinta com ELA. Mensagens que são postadas todas as quintas-feiras sobre a doença Esclerose Lateral Amiotrófica na perspectiva do meu irmão Wellington Silva, portador da ELA. Obrigada pela sua companhia nos anos anteriores e desejamos tê-la, mais uma vez, neste ano de 2020. Vamos a mensagem de hoje?

O enfrentamento religioso como coadjuvante no tratamento da ELA



As pesquisas apontam que a religião proporciona conforto, apoio e esperança as pessoas que são acometidas por uma doença física e mental. Contando com esses benefícios da religião que meu irmão, Wellington Silva, diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, desde 2018, tem encontrado forças para enfrentar essa doença.  E é com ele a mensagem de hoje.

“Situações estressantes, como conviver com uma doença neurodegenerativa, trazem grandes desafios tanto aos crentes como os descrentes. Inúmeros estudos mostram que muitos se voltam para a fé e a religião em busca de conforto, esperança e propósito para a vida. Se existe alguma força para enfrentar as provações, ela vem de Deus. Portanto, necessitamos nos apegar a esse poder e ajudar aqueles que sofrem a fazer o mesmo.

As estratégias que desenvolvemos para lidar com os problemas por meio da religião como uma maneira eficaz para superar as adversidades são mais um benefício que a fé nos proporciona enquanto vivemos nesta terra.

Há um grande número de estudos realizados nas últimas décadas com o objetivo de mostrar que em momentos de dificuldade, a maioria das pessoas recorre ao enfrentamento religioso para lidar melhor com a dor e o sofrimento. As pesquisas revelam também que o enfrentamento religioso positivo proporciona conforto, apoio e esperança quando uma pessoa é acometida por uma doença física e mental.

Enfrentamento é um termo da Psicologia que remonta aos tempos em que essa disciplina começou a ser estudada como ciência moderna. Particularmente, depois de ser diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), tenho testemunhado dos benefícios do enfrentamento religioso como coadjuvante no tratamento desta doença. Além dos cuidados de uma equipe de saúde multiprofissional, dos medicamentos e suplementos, o apoio de uma comunidade religiosa tem sido muito importante em mitigar o sofrimento emocional ocasionado pela doença.

No dia seguinte, após receber o diagnóstico, comecei a receber a visita de muitos amigos que trouxeram uma mensagem de conforto e oraram comigo. Como foi bom receber este apoio em um dos momentos mais difíceis da minha vida.

Pouco tempo depois eu viajei para São Paulo a fim de ser avaliado por outro neurologista. Num sábado à noite, minha filha me enviou pelo Watsapp uma foto do grupo da terceira idade que realizou uma vigília para orar por mim. Foi emocionante ver aquela foto. Eu estava aos prantos e grato por saber que aquelas pessoas com quociente espiritual elevado estavam intercedendo por mim.

Por duas vezes recebi a visita de ministros do evangelho que foram meus alunos e pediram para me ungir. Muitos pensam que a unção é apenas o ato de preparação de um paciente terminal para a morte. Mas a unção é praticada como parte de um ritual com o intuito de exercer influência espiritual, por vezes com a finalidade de abençoar ou mesmo curar.

Nos momentos em que a nossa fé fica fragilizada, é maravilhoso saber que existem pessoas que se importam com a gente. Quero concluir agradecendo aos meus familiares, amigos, alunos e ex-alunos, irmãos de fé e até mesmo pessoas desconhecidas que ao saberem da minha doença, têm orado continuamente por mim. Saibam que estas orações têm me sustentado e enchem o meu coração de esperança.” Até quinta com ELA!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019


ELA: Última mensagem do ano de 2019 


Olá amigos e amigas dos portadores da ELA! Finalmente 2019 está chegando ao fim. E esta quinta – feira é a última do ano.  Foras muitas mensagens sobre a esclerose lateral amiotrófica ao longo do ano. 

O blog quinta com ELA surgiu para que essa doença fosse divulgada e assim seja conhecida e apoiada por todos na perspectiva do meu irmão Wellington Silva que desde 2018 convive com essa doença.

Desejo a todos um 2020 novinho e que cada um crie nele muitas esperanças. Pois a esperança nos motiva a viver e a esperar. Esperar quem sabe pela cura da esclerose lateral amiotrófica.

Forte abraço e quinta com ELA volta em fevereiro de 2020. Segue vídeo Retrospectiva 2019 com ELA. Forte abraço!




quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Meu segundo natal com ELA


Olá amigos e amigas dos portadores da ELA! Quantos natais vocês já tiveram na vida? Acho que vocês nunca param para pensar sobre isso, não é mesmo? Neste ano, em 2019, meu irmão Wellington Silva, portador da esclerose lateral amiotrófica terá seu segundo natal, mas com ELA. E a mensagem de hoje é com ele. Vamos ver?

“Meu segundo natal com ELA. Quando recebi o diagnóstico mais conhecida como ELA, em agosto de 2018 a minha vida e da minha família mudou radicalmente. Infelizmente, quando alguém recebe um diagnóstico de uma doença tão devastadora como essa sabe como é difícil. Emocionalmente, eu estava péssimo, chorava o tempo todo. Eu achava que não iria viver muito.

Mas, então, veio o meu primeiro natal. Na ocasião pude comemorar no mês de dezembro, o primeiro ano da minha neta, pude me reunir com as minhas filhas, com o meu genro, e foi uma experiência muito agradável, apesar de toda dor e sofrimento. 

Outra coisa que me deixou feliz nessa ocasião foi poder ter concluído as minhas aulas na faculdade onde dava aulas. Eu cheguei a ir para a classe, muitas vezes chorava com meus alunos. E eles oravam por mim. E ao chegar ao final e participar da formatura deles foi uma imensa alegria em meio a esse sofrimento.

Além disso, o apoio que recebi da minha família dos meus amigos foi fundamental para que eu pudesse ter mais um pouco de alegria. O tempo foi passando, e eu fui aprendendo a conviver melhor com a ELA. Comecei a reagir, já não tinha tantos pensamentos catastróficos como no início. Pude valorizar mais a vida.

Aliás, a ELA está sendo para mim uma excelente professora, tem me ensinado a viver um dia de cada vez. Pois tudo que nós temos é o presente. Então, eu comecei a fazer mais coisas, continuei trabalhando por mais um pouco, pude passear com a minha família, desfrutar momentos juntos, viajando. Isso foi fortalecendo os nossos laços, os nossos vínculos, e por mais difícil que fosse a ELA já não estava sendo tão catastrófico ou tão destruidora como a gente pensava.

No ano de 2019, eu posso dizer que tirei o meu segundo doutorado estudando mais profundamente a ELA. Estou tentando usar a minha inteligência para poder realmente colocar em prática aquilo que está ao meu alcance afim de ter mais qualidade de vida. Muitas pessoas quando conversam comigo dizem que sou um herói, mas pensando bem, eu não sou herói, eu sou uma pessoa com ELA que resolveu ter uma atitude positiva, que resolveu ter esperança, e acreditar no futuro melhor.  

Mesmo em meio as dificuldades. Chegamos ao final de 2019, mais um natal se aproxima. Fisicamente, eu estou mais debilitado, já estou usando cadeiras de rodas, a minhas atividades diárias eu preciso da ajuda de um cuidador, felizmente ainda tenho a minha capacidade respiratória, a minha capacidade de falar preservadas. 

Mas emocionalmente, eu me sinto muito melhor do eu estava no primeiro natal, isso tem realmente me ensinado que mesmo vivendo com uma doença neurodegenerativa que não nos dá muitas esperanças quanto ao futuro, a gente pode escolher ser feliz e viver principalmente ao lado das pessoas que amamos.

Assim tenho feito. Neste natal, por exemplo, eu terei mais uma oportunidade de passar com a minha família, participarei também do casamento da minha segunda filha que será no dia 29 de dezembro. Isso é algo grandioso, pois a um ano atrás esse seria um sonho muito distante, mas graças a Deus, estou podendo realizar coisas grandiosas e até mesmo ter o prazer de assistir o vídeo da minha netinha Jujú em sua formatura de musicalização infantil. 

Isso é algo que enche os meus olhos de lágrimas e de felicidade, pois a gente tem que aproveitar cada momento como sendo uma oportunidade única da nossa vida.  

Para terminar gostaria de deixar uma última mensagem mesmo pensando na morte eu posso dizer que a melhor forma que nós temos de nos preparar para esse momento é viver um dia de cada vez. Continuar sonhando, planejando, realizando coisas, pois somente assim poderemos realmente ter uma vida de realizações e ser felizes até mesmo com esclerose lateral amiotrófica.

Eu quero desejar a todos os pacientes com ELA, seus familiares e cuidadores feliz natal. Que a gente continue sonhando, acreditando, mesmo tendo a nossa fé sendo provada na fornalha da aflição. Vale continuar acreditando e sonhando por um milagre”.   Feliz Natal para todos e até quinta com ELA!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019


Atividade física pode desenvolver ELA?


Olá, amigos e amigas dos portadores da ELA! Quem gosta de exercitar o corpo? Uma boa parte das pessoas, não é mesmo? Isso é muito bom.

Meu irmão Wellington, portador da ELA, na sua juventude, sempre exercitou seu corpo. Participou de várias corridas. Lembro-me que quando ele ia treinar nos levava juntos, eu a alguns dos meus irmãos.

Costumava treinar no Centro Social Urbano, localizado no bairro da Caixa D’água, em frente ao hospital Anna Nery.  Lembro-me que ele cronometrava o tempo que tínhamos que correr de uma ponta a outra da pista. As vezes sentia que meu coração ia sair pela boca. Kkkkkk

O treino ao longo do ano era necessário para participar das corridas que aconteciam ao longo do ano. Uma delas era realizada pela Caixa Econômica Federal. Quase todas as noites lá estava ele treinando. Pois só assim, condicionava o corpo para ter uma boa performance nas corridas.

Treinos e treinos é o que leva a excelência de um atleta. E nesse processo é inevitável não ter desgastes físicos. Mas para quem tem a predisposição a ter ELA, acredita-se que trauma físico, tanto mecânico, elétrico, ou cirúrgico é o fator de risco maior e mais consistente.

Parece que essa doença tem predileção pelo gênero masculino. Estudos de revisão crítica de literatura tem demonstrado uma relação estreita entre atividade física intensa e ELA.  Aran, 1850 (palhaço acrobata), Lou
Gehrig, 1940 (jogador de Beisebol), três jogadores de futebol, 1960 (jogadores de Futebol Americano, do San Francisco, Califórnia, EUA), todos desenvolveram ELA.

Estudos populacionais têm demonstrado que jogadores de futebol profissional, maratonistas ou militares veteranos apresentam um risco 20 vezes maior para o desenvolvimento de ELA.

Na Itália, ouve estudos que associou a utilização frequente de drogas nos esportes competitivos e com os seus possíveis malefícios. Também, verificou-se um aumento de doenças, como ELA, AIDS e doenças cardiovasculares nestes esportistas quando comparados com outras populações.

Ainda na Itália, na Universidade de Turin, de olho nos atletas, foi feito um estudo com todos os jogadores de futebol da liga italiana (profissional e júnior). O objetivo era verificar se realmente havia aumento da incidência de ELA nestes esportistas.

A fonte de pesquisa utilizada, foi o álbum de figurinha dos jogadores (Compania Paniny), os certificados
de óbito e as informações obtidas de noticiário da imprensa. O estudo se prendeu entre os anos de 1970 a 2001, foram inscritos 7325 atletas como jogadores de futebol. 1041 desses inscritos não foram analisados, por não serem atletas italianos.

Usando os critérios de El Escorial quando a ELA é diagnosticada CLINICAMENTE DEFINITIVA, CLINICAMENTE PROVÁVEL, CLINICAMENTE PROVÁVEL COM SUPORTE LABORATORIAL e POSSÍVEL. 33 atletas estavam relacionados, um achado expressivo, com um número muito superior ao esperado.  

Levou em consideração, também, a idade deles, a média de idade do início dos sintomas foi de 43,4 anos quando comparada a de outros núcleos populacionais com ELA na Itália (média de 57 anos). O jogador mais afetado era aquele que tinha uma posição no time de meio campista.

Estes dados mostrou-se uma relação forte entre atividade física intensa e desenvolvimento de ELA. Houve
Especulação de que o fator desencadeador foram traumas repetitivos na cabeça ao cabecear bolas inúmeras vezes.

Mas, levou em consideração que meio campista cabeceia menos bolas que atacantes e zagueiros, um outro fator deve ser relacionado. Então pensaram, que a doença esteja associada com a atividade do correr.

São muitos quilômetros por partida corrido, podendo desenvolver microtraumas musculares, com liberação de substâncias potencialmente tóxicas, desencadeando uma cascata de processo degenerativo e morte do motoneurônio.

Interessante esse estudo, não é mesmo? São hipóteses, conjecturas, mas que ainda não desvendam a real causa da ELA.

Como diz um trecho da música de Kid Abelha: “Nada sei dessa vida, vivo sem saber, nunca soube, nada saberei, sigo sem saber”, mas com a esperança de que alguém, em um dia, muito breve, saiba o que causa a ELA e a sua cura. Até quinta com ELA.

Fonte:

Livreto Informativo ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica. Atualização 2018. São Paulo, 2018. 90 p.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019


ELA: Anvisa autoriza o uso da Cannabis em farmácias e drogarias.


 Oi amigos e amigas dos portadores da ELA! Novidades para aqueles que ainda não sabem. A Anvisa aprovou a regulamentação do registro e da venda de medicamentos à base de Cannabis em farmácias no Brasil.

Mas não é definitivo por não existir, até o momento, um estudo que realmente comprove que a Cannabis, alongo prazo, não trará prejuízos à saúde.

Sendo necessário mais pesquisas das empresas farmacêuticas. Por cautela, essa norma é temporária, valendo por 2 anos, e em março de 2020 entrará em vigor.

A medida tem restrições porque não será fabricado QUALQUER produto com Cannabis. Assim também os seus consumidores, já que a Cannabis é para uso MEDICINAL e não RECREATIVO ou com intuito de lançar um novo produto cosméticos para alimentar a moda.

Por conta disso existem regras na fabricação dos produtos medicinais com Cannabis dentre elas destaco duas que são a prescrição médica, ou seja, só será vendido o produto com receita médica; e a fiscalização, pois haverá punição para a aqueles que se desviarem das regras dessa resolução.

Produtos medicinais com Cannabis serão vendidos somente em FARMÁCIAS e DROGARIAS. E proibido em FARMÁCIAS DE MANIPULAÇÃO. E a matéria – prima usada na fabricação dos produtos medicinais com Cannabis é semielaborada e JAMAIS a planta ou parte dela, assim como o plantio de Cannabis para quaisquer fins.

 Muitos portadores da esclerose lateral amiotrófica já aderiram e irão aderir ao uso de produtos medicinais com Cannabis. Li anteontem sobre um portador da esclerose múltipla, Gilberto Castro, que foi diagnosticado em 1999 aos 26 anos de idade com essa doença.

Além do tratamento convencional, passou a inserir um alternativo com o uso de produtos com Cannabis. Ele diz com suas palavras que: “A Cannabis medicinal me devolveu a vida. Reduziu os sintomas da esclerose múltipla sem trazer efeitos colaterais”.

Ele sofreu muito por causa do uso de Cannabis medicinal até foi preso. Mas percebendo que o produto lhe trazia melhora, resolveu ser um ativista dessa erva. Hoje ele tem habeas corpus para plantar maconha em casa.

A Cannabis tem sido um aliado no combate dos sintomas de convulsão, espasmos e dores no corpo. Meu irmão Wellington, por exemplo, portador da esclerose lateral amiotrófica, sente muitas cãibras, dores pelo corpo devido a espasticidade ou melhor devido a morte dos neurônios motores.

Tem dias que ele acorda gritando de dor. Recentemente ele passou a usar o extrato óleo de Cannabis, mas ainda é cedo para dizer se está tendo uma melhora nos sintomas, já que ele usa outros medicamentos. A ultima conversa que tivemos ele disse que mesmo com todo tratamento sente a doença evoluir.

Mas eu fiquei muito feliz em ler um artigo que fala sobre Justin Kender que é portador da ELA há mais de 20 anos e ele conta que o uso da Cannabis só lhe trouxe muitos benefícios.

Ele diz que com 10 dias de uso do óleo já começou a recupera o movimento do braço direito e ele deixou de usar aspirina, codeína e outros analgésicos. E se beneficiou de alguns efeitos colaterais. O problema de pressão sanguínea alta também sumiu, a questão agora é regular a ingestão do óleo para não baixar excessivamente a pressão.

Como a doença esclerose lateral amiotrófica não tem cura e devido a sua agressividade e evolução todo tratamento alternativo é bem-vindo, já que o tradicional com uso de medicamentos, também, não tem trazido a cura e nem a regressão da doença. Até quinta com ELA!


Fontes:

"Com esclerose múltipla, me deram só mais 5 anos. Maconha me devolveu vida. Disponível em:https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/12/07/com-esclerose-multipla-me-deram-cinco-anos-de-vida-maconha-me-salvou.htm. Acesso em: 05 de dez. 2019.


Anvisa libera venda de produtos à base de cannabis em farmácias .Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2019/12/03/anvisa-regulamenta-cannabis.ghtml. Acesso em: 05 de dez. 2019.





quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Ela: Kinesio Taping


Oi amigos dos portadores da ELA! Kinesio Taping. Já ouviram falar sobre essa técnica?

A Kinesio Taping (KT) é uma técnica que tem crescido com a proposta de modificar e ativar o sistema proprioceptivo. Esse método consiste na aplicação de uma fita elástica sem substâncias químicas, com textura e elasticidade muito parecidas com a pele humana.

Ela pode ser usada de diferentes formas e em diversas partes do corpo, fornecendo suporte para os músculos e as articulações, sem interferir na amplitude de movimento.

Acredita-se que a bandagem KT envia estímulos sensoriais, por meio de mecanorreceptores encontrados na derme e epiderme, promovendo uma resposta satisfatória para o local desejado.

É uma técnica que também vem sido usada no tratamento da ELA, já que a mesma não possui um tratamento específico, com intuito de amenizar cãibra muscular, espasticidade e rigidez nas articulações dos portadores.

Essa técnica nos faz lembrar a bandagem Salonpas.


Adesivo com sustância ativa indicado para aliviar dores e inflamações em situações de fadiga muscular, dores musculares e lombares, rigidez nos ombros, contusões, pancadas, torções, entorses, torcicolos, dores nas costas, nevralgia (dor no nervo) e dores articulares.

Quem já usou sabe o quanto alivia a dor até que a mesma passe. Infelizmente, para os portadores da ELA a bandagem são paliativos momentâneos, não permanentes, devido a morte dos neurônios motores que leva todo o mal-estar muscular.

Mas que tem sido um aliado importante no tratamento até mesmo no tratamento de sialorreia (produção excessiva de saliva). O interessante é que quando meu irmão, Wellington Silva, portador da ELA, veio nos visitar, ele usava uma bandagem kinesio, e não é que ficou fashion. Bem estiloso. Se a moda pega, hein! Kkkk...Até quinta com ELA. 


fontes:


Uso da bandagem elástica associada ao tratamento fonoaudiológico no controle da sialorreia.Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-18462014000501558&script=sci_arttext_plus&tlng=pt. Acesso em: 28 de nov. 2019.