Qual a diferença entre a Esclerose Lateral Amiotrófica da
Esclerose Múltipla?
Duas atrizes brasileiras, Claudia Rodrigues e Ana Beatriz e
o cientista inglês Stephen Hawking poderão nos ajudar a fixar essas diferenças.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
Em 2000 e 2009 as atrizes Claudia Rodrigues e Ana Beatriz,
respectivamente, foram diagnosticadas com a doença Esclerose Múltipla.
Foi um baque profundo em suas vidas, mas ambas tem lutado
com garra para lidar com essa nova realidade. Para entendermos melhor, a
Escleroso Múltipla é uma doença neurológica, crônica e autoimune onde as
células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central,
provocando lesões cerebrais e medulares.
Na prática essa doença faz com que o axônio perca sua capa
gordurosa chamada de mielina que é responsável pelos impulsos nervosos.
Essa
perda produz os diversos sintomas da doença como: Fadiga, alterações
fonoaudiológicas, visuais, no equilíbrio e coordenação; transtornos cognitivos,
emocionais e na sexualidade.
Sua causa é desconhecida e seus pacientes são geralmente
jovens, mulheres de 20 a 40 anos. Ainda não tem cura, mas seu tratamento
consiste em atenuar os afeitos e desacelerar a progressão da doença e menos
agressiva do que a Escleroso Lateral Amiotrófica.
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
Foi durante 55 anos que o cientista Stephen Hawking conviveu
com a doença Esclerose Lateral Amiotrófica a ELA.
A esclerose lateral amiotrófica causa a morte dos neurônios
motores do cérebro, do tronco cerebral e da medula anterior do corpo. Não há a
degeneração da mielina responsável pelos impulsos nervosos como a Esclerose Múltipla, mas
sim, comprometimento nas sinapses que ligam os neurônios do cérebro que por sua
vez afeta neurônios inferiores, os neuromotores.
Os sentidos, percepção à dor, controle fecal, urinário,
frequentemente, permanecem, intactos, mesmo em estados avançados da doença,
podendo ocorrer constipação devido a fraqueza da musculatura da parede
abdominal e imobilidade nos estágios mais tardios da doença.
Os músculos que movem os olhos, frequentemente, permanecem
não afetados e a função sexual geralmente permanece normal.
Até o momento a ELA não tem cura, mas seu tratamento requer o
cuidado especial de uma equipe multidisciplinar, com reavaliações contínuas. A
Fisioterapia motora, respiratória, combinação de fármacos, alimentação e
mudanças no estilo de vida podem contribuir para a sobrevida dos pacientes da
ELA. Ao longo das mensagens iremos conhecer tais
terapias com mais detalhes.