Para quem não sabe, no esgoto há organismos
decompositores como bactérias com potencial de desenvolver doenças. Dentre elas
destaco as Streptococcus e Clostridia que desenvolvem infecções necrosantes da
pele como a celulite necrosante ou bacteriana.
Geralmente essa infecção deixa
a pele:
1. Vermelha,
quente ao toque e, às vezes, inchada, e bolhas de gás podem se formar sob a
pele;
2. A
pessoa geralmente sente dor intensa, muito mal-estar e febre alta.
3. O
diagnóstico é feito com base na avaliação de um médico, radiografias e exames
laboratoriais.
4. O
tratamento envolve a remoção da pele morta, o que às vezes exige uma cirurgia
mais extensiva, e a administração intravenosa de antibióticos.
Foi
assim que ficou a panturrilha do meu irmão após três dias ter se cortado. Claro
que no dia do acontecido ele recorreu aos cuidados de um médico quando se
dirigiu ao Hospital Geral de Itaparica, mas só foi feito a assepsia e sutura do corte.
Parece que ao entender do médico era desnecessário receitar um antibiótico.
Só para resumir a história, o corte que meu irmão levou na panturrilha infectou, desenvolvendo celulite bacteriana. E entre
regulação e internamento levou treze dias. Mais uns dias convalescendo-se
em casa, ao todo, 20 dias para se recuperar totalmente. Nesse tempo teve que se
afastar do trabalho. E o tratamento baseou-se em curativo e antibiótico de 2g,
intravenosa na barriga de 6 em 6 horas. Com a evolução do tratamento o horário
mudou, passando a tomar o antibiótico a cada 8 horas.
Se o médico, no HGI, tivesse passado
um antibiótico, pelo menos, teria combatido uma suposta infecção bacteriana?
Assim, evitaria, um gasto maior nas unidades de saúde pública e menos
sofrimento para ele? Ou isso é muito relativo?
Por outro lado, vamos entender
que a bactéria, agente infeccioso, que levou a infecção da panturrilha do meu
irmão, muito conhecida como devoradora de carne, se tivesse sido canalizada
para uma unidade de tratamento de esgoto, certamente, não teria desenvolvido essa
infecção? Ou isso, também, é muito relativo?
Deixemos de lado a
relatividade, e passemos a entender o que é realmente concreto e possível, como
o novo marco de saneamento básico aprovado recentemente, além de servir para universalizar
os serviços de água e esgoto, consequentemente, reduzirá em até R$ 1,45 bilhão
os gastos anuais com saúde, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria
(CNI).
Reforçando a cifra? R$ 1,45
bilhão de economia na saúde pública. Perceberam o quanto se aplica na saúde por
conta da falta de saneamento básico? Sem
falar das avaliações médicas não precisas que agravam as doenças tendo que investir
mais no seu tratamento.
Por isso, é muito importante
em uma consulta médica, seja ela agendada ou de emergência, que se leve em
consideração o contexto que levou o cidadão aquela avaliação médica. Não só
para evitar um custo maior na saúde devido a um tratamento mais longo, como de amenizar
o sofrimento de quem está adoentado.
Até quinta com ELA e Demais doenças!
E se cuidem, viu?
parabéns Michele. Obrigado pelas dicas.
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