quinta-feira, 30 de julho de 2020


MAIS INTERAÇÕES AMBIENTAIS QUE LEVAM O ADOECIMENTO DA POPULAÇÃO

Oi, amigos e amigas de Quinta com ELA e Demais doenças! Uma certa vez, meu irmão, levou um corte na panturrilha ao manusear uma peça afiada do motor do seu barco. E ao descer do barco teve que entrar no mar.


A praia dos barcos onde fica ancorado seu barco está localizada próxima ao terminal marítimo de Bom Despacho na Ilha de Itaparica - BA. Infelizmente, essa praia recebe constantemente esgoto doméstico. E  isso é fácil de perceber devido ao odor fétido e coloração da água em alguns trechos da praia.

Para quem não sabe, no esgoto há organismos decompositores como bactérias com potencial de desenvolver doenças. Dentre elas destaco as Streptococcus e Clostridia que desenvolvem infecções necrosantes da pele como a celulite necrosante ou bacteriana.

Geralmente essa infecção deixa a pele:

1.    Vermelha, quente ao toque e, às vezes, inchada, e bolhas de gás podem se formar sob a pele;

2.    A pessoa geralmente sente dor intensa, muito mal-estar e febre alta.

3.    O diagnóstico é feito com base na avaliação de um médico, radiografias e exames laboratoriais.

4.    O tratamento envolve a remoção da pele morta, o que às vezes exige uma cirurgia mais extensiva, e a administração intravenosa de antibióticos.

Foi assim que ficou a panturrilha do meu irmão após três dias ter se cortado. Claro que no dia do acontecido ele recorreu aos cuidados de um médico quando se dirigiu ao Hospital Geral de Itaparica, mas só foi feito a assepsia e sutura do corte. Parece que ao entender do médico era desnecessário receitar um antibiótico.   

Só para resumir a história, o corte que meu irmão levou na panturrilha infectou, desenvolvendo celulite bacteriana. E entre regulação e internamento levou treze dias. Mais uns dias convalescendo-se em casa, ao todo, 20 dias para se recuperar totalmente. Nesse tempo teve que se afastar do trabalho. E o tratamento baseou-se em curativo e antibiótico de 2g, intravenosa na barriga de 6 em 6 horas. Com a evolução do tratamento o horário mudou, passando a tomar o antibiótico a cada 8 horas.  

Se o médico, no HGI, tivesse passado um antibiótico, pelo menos, teria combatido uma suposta infecção bacteriana? Assim, evitaria, um gasto maior nas unidades de saúde pública e menos sofrimento para ele? Ou isso é muito relativo?

Por outro lado, vamos entender que a bactéria, agente infeccioso, que levou a infecção da panturrilha do meu irmão, muito conhecida como devoradora de carne, se tivesse sido canalizada para uma unidade de tratamento de esgoto, certamente, não teria desenvolvido essa infecção? Ou isso, também, é muito relativo?    

Deixemos de lado a relatividade, e passemos a entender o que é realmente concreto e possível, como o novo marco de saneamento básico aprovado recentemente, além de servir para universalizar os serviços de água e esgoto, consequentemente, reduzirá em até R$ 1,45 bilhão os gastos anuais com saúde, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Reforçando a cifra? R$ 1,45 bilhão de economia na saúde pública. Perceberam o quanto se aplica na saúde por conta da falta de saneamento básico?  Sem falar das avaliações médicas não precisas que agravam as doenças tendo que investir mais no seu tratamento.

Por isso, é muito importante em uma consulta médica, seja ela agendada ou de emergência, que se leve em consideração o contexto que levou o cidadão aquela avaliação médica. Não só para evitar um custo maior na saúde devido a um tratamento mais longo, como de amenizar o sofrimento de quem está adoentado.

Até quinta com ELA e Demais doenças! E se cuidem, viu?    

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